Conseguimos chegar na Panamarina depois de vários taxís e vários ônibus, atravessamos para o lado do Atlântico e quando chegamos, depois de algumas horas de viagem num calorão quase que insuportável, lembramos que valia a pena tudo isto, estávamos num paraíso a bordo do Brava. E então recomeçamos nossa vida, mais um ano cheio de lugares a conhecer, pessoas e experiências, que viriam nos dias a seguir.
Nosso objetivo neste momento era consertar a caixa de marcha do motor, mas não podíamos fechar os olhos para a beleza do lugar em que estávamos e então decidimos fazer tudo com calma, aproveitando cada etapa. As peças para o conserto já havia sido pedidas, vinham dos EUA, restava apenas esperar chegar.
A cada dia era uma surpresa, novos pontos de mergulho com água totalmente cristalina e fundo de coral, eram descobertos. Ilhas pequenas de areia branca e coqueiros estavam próximas, era só pegar o dingue e em 10 ou 15 minutos já estávamos nelas. Passagens secretas dentro do mangue, prainhas e mais prainhas que contornam a costa, pontos de surf em vários locais, macacos, bicho preguiça...tudo isso nos deixava babando pelo lugar, parecia que podíamos ficar por mais um bom tempo aqui. A estrutura não é boa, é difícil ir ao supermercado, cerca de 1 hora de ônibus, não existe nenhum tipo de comércio, somente vilareijos de pescadores. Eu diria que estamos no fim do mundo, mas isso não quer dizer que seja pior ou melhor, é somente uma nova experiência e outras coisas passam a ser valorizadas comparadas quando se têm as facilidades de estar num lugar totalmente equipado. A certeza aqui é que a natureza passa a ser a cereja do bolo.
Isla Mamey, Isla Grande, Isla Linton, Isla Palina, Puerto Lindo, Vila Cacique e Puerto Belo são lugares que atualmente frequentamos, todos ao redor do Brava.
Aí em baixo é Isla Mamey, bem famosa entre o rol dos pontos turísticos do Panamá. E depois um vídeo com fotos que mostram o que a gente tem vivido por aqui.