domingo, 5 de abril de 2009

Chegamos ao México

Ontem, enquanto estava atualizando o Blog no aeroporto de Santiago e quase perdemos o vôo, os dois meio abduzidos pela net.
No vôo entre São Paulo e Santiago, quando estávamos para chegar na Cordilheira dos Andes, que eu já havia cruzado 4 vezes de ônibus e sempre desejei sobrevoar para ter a real noção da sua grandiosidade. No ano passado não consegui, pois quando voltávamos do Chile ela estava encoberta.
Sei que eu não queria perder esta oportunidade e ia com a cabeça colada na janela torcendo para as nuves que eu via a frente se dissipassem.... e aí, do nada....zuuummmm.... um avião passa na contra-mão a pouca distancia do nosso avião... muito louco... na hora lembrei daquele acidente do Legacy, mas foi mais meu susto que qualquer outra coisa.... já havia visto outros aviões voando próximos, chegando em Madri cheguei a contar 3, mas nunca um na contra-mão.
Quando chegamos na Cordilheira, ela estava parcialmente encoberta, mas ainda assim imponente.
Conseguimos avistar o Aconcágua que se destacava sobre uma grossa camada de nuves,além de muitas outras montanhas altas, com seus cumes encobertos pela neve.
Realizei um sonho que me acompanhava desde 1997, ver a Cordilheira dos Andes de cima!
Chegamos à Cidade do México às 20:00hs, naturalmente bem cansados depois da nossa jornada dos últimos dias, negociei um táxi, com os motoristas sempre chorando por causa des pranchas, e acabamos fechando uma Van, com um motorista muito gente fina, que já deu as manhas de lugares alternativos para comprar, etc, elém de se declarar torcedor fiel da Seleção Brasileira, que nos levou até o Centro Histórico da Cidade do México para o Hostel Amigo, que eu já havia pesquisado pela Internet http://www.hostelworld.com/
A Rafinha estava bem desconfiada, assim como qualquer mulher que chegasse no centro de qualquer cidade grande a noite.
Negociamos duas noites no hostel, saiu 56 dólares no total, com café da manha e janta incluídos.
Aí foi só relaxar....
Descemos para o bar do Hostel e caímos na cerveja e Tequila, conhecendo pessoas do Canadá, EUA, Itália, Israel, nativos, passantes e frequentadores do local.
A Rafinha acabou gostando bastante do local até ensaiou um vira de Tequila, com o Barman virando a garrafa de cima do balcão, fantasiado de lutador de luta livre mexicana, lembra daquela luta arranjada com os lutadores fantasiados?
O que mais me chamou atenção neste Hostel é a quantidade de mulheres viajando em bando, do mundo todo. A Rafa já fez amizade com várias, turma gente fina e acessível, fazendo com que ela trabalhe seu inglês e o Espanhol. Para você ter uma idéia, hoje de manhâ, no café, contei 14 mulheres e só eu e mais um Alemão na mesa.
Espero que um dia as brasileiras também tenham esta liberdade de juntar as amigas e ir conhecer o mundo, assim como fez a Carol ,minha irmã, que acabou de chegar dos EUA... é isso aí morena...representa!!!
Hoje aproveitamos a domingueira que faz com que os museus funcionem com as portas abertas para a comunidade, de grátis, e visitamos o Museu de Arquitetura, o Museu de Belas Artes, a Catedral Metropolitana e o Templo Mayor.
Maravilha!!! Realmente a história da Cidade do México é fascinante.
Prédios coloniais imponentes, muito granito, mármore, esculturas, muito bacana mesmo... deu até orgulho ver tanta coisa linda na América Latina, saber que não é só na Europa que tem coisas assim.
Mas o que realmente marcou foi o Templo Mayor, ruína do maior templo asteca, do centro administrativo e religioso deste povo que já comandou toda a América Central... MARAVILHOSO!!!
Quem puder, vem conhecer que merece a visita mesmo.... anexo às ruínas o governo mexicano fez um museu com arquitetura imponente, e muito bem concebido... uma experiência realmente marcante poder conhecer a história deste povo, subjulgado pela força e inteligência do Espanhol Cortês, navegador e conquistador, que ao chegar foi recebido como Deus pelos Astecas, pois seu rei, Montezuma II teve 4 visões que diziam que o verdadeiro Deus estava por chegar... Cortês chegou, dominou e deu à Espanha a posse destas terras... alguns séculos depois, a Igreja Católica mandou derrubar o que sobrara e construiu em cima do centro religioso asteca, a atual Catedral do México, que hoje estava bombando, pois era Domingo de Ramos, e os mexicanos são extremamente religiosos.
O mais louco foi estar dentro da nave central desta gigante (literalmente) igreja, recoberta do ouro dos Astecas, ver os devotos, o padre rezando em um espanhol latinizado, e poder ouvir os tambores dos índios dançando e fazendo oferendas a Tlaloc, o Deus da Chuva e das Tormentas, fora da igreja.
Sim, aqui o religioso e o pagão convivem em harmonia, lado a lado, sem problemas...
Bom exemplo... tinham que mandar uns israelenses e uns palestinos para fezer um estágio aqui.
Agora estamos de volta ao Hostel, nos preparando para outra noite de confronto com o Psico Barman Clonado na Luta Livre e sua indomável garrafa de tequila.
Amanhã... voltamos ao ônibus, a caminho do litoral...
Abração
Manezera
obs: não edito, não releio, nem conheço a nova gramática da Lingua Portuguesa, então, perfeccionistas.... perdoem-me!!!
Fotos vão chegar.... um dia....
ou no Orkut!!!

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