San Blás nos acolheu da melhor forma possível, depois de uma travessia difícil, fomos presenteados com mar tranqüilo e cristalino, fundo de coral com lagostas e peixinhos coloridos. Ancoramos em Holand Cays, em volta somente ilhas de areia brancas e coqueiros, propriendade dos Kunas Yala, população indígena local que se mantém da pesca e alguma agricultura. Moram em ocas, dormem em redes, não tem luz elétrica e colhem água da chuva. Se deslocam nas antigas canoas feitas de um único tronco de árvore, produzem artesanato, as Molas, que são comercializados por eles próprios, se vestem com roupas típicas e sua sociedade é matriarcal. O Vitor é o chefe de Holand Cays, um senhor muito gente boa que recebe os cruzeiristas dando informações gerais sobre as ilhas. É cobrado 10 dólares pela ancoragem, por trinta dias. San Blás não tem mercadinho, internet, telefone...somente ilhas paradisíacas, iguais as do seu sonho, um lugar que parou no tempo, um lugar que existe de verdade.
Encontramos com o Cameron , ele tinha saído de Curaçao cerca de uma semana antes de nós, passou em Aruba para pegar a Cibele que chegou de avião e foram os dois a caminho de San Blás, nosso ponto de encontro. Depois de uma semana já em San Blás é que fomos encontrar com eles, foi aquela festa...conseguimos enfim, estar juntos curtindo (não mais trabalhando no Morning Calm) em algum lugar paradisíaco do planeta Terra, ou melhor...planeta Água.
Fomos ancorar em Coco Bandero, outro conjunto de ilhas e lá passamos dias maravilhosos, fazendo pic nic nas praias, mergulhando, fazendo jantares, conversando sobre a vida e os futuros planos.
Futuro plano: tínhamos que zarpar, sem a caixa de marcha...próximo parada seria Isla Grande, ou Porto Belo, precisávamos agora resolver o problema do motor, Bocas Del Toro ficaria para depois. O que levaria um dia, levamos três para chegas em Isla Grande, sem vento e sem motor, tudo o que andávamos durante o dia, a corrente nos trazia de volta durante a noite, onde o vento parava totalmente. A deriva, que sensação horrível, ver a terra e não poder chegar nela...e num belo fim de trade, no últimos raio de sol (para variar) conseguimos ancorar em Puerto Lindo, nenhum dos lugares planejados, mais uma vez provamos que o mar é quem manda, deixa ele me levar...
Resolvemos ficar então por aqui, já estávamos entrando em dezembro...hora de voltar pra Floripa, não dava tempo de resolver o problema do motor, precisávamos de peças novas, que ainda viriam dos EUA, voltei ao Brasil dia oito, afim de arrumar nossa casa para o natal, e o Mané ficou até dia vinte e três, colocou o Brava na Panamarina e ainda conseguiu ajeita-lo para ficar sem nós por dois meses. Foi emocionante quando deixei o Brava, passou um filme de tudo o que já tínhamos passado com ele, era como se eu estivesse deixando um filho, hehe.
Mamãe já volta!
Ancoragem em Puerto Lindo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário