Vale a pena deixar
registrado aqui, a nossa passagem pelo Canal do Panamá.
Em 2008, quando estivemos
pela primeira vez no Panamá, visitamos o Museu e a Eclusa de Mira Flores,
acompanhamos a travessia de um navio pela eclusa e não pudemos deixar de ficar admirados
pela grandiosidade da obra. Realmente a obra é de uma engenhosidade de tirar o
fôlego, sem contar que é uma das mais importantes obras do mundo, liga o oceano
Atlântico com o oceano Pacífico, ou seja, é o umbigo da economia mundial.
Desta vez, em 2012, tivemos
a oportunidade de fazer toda a travessia pelo canal, passando pelas seis
eclusas, a bordo do catamarã Arcola, veleiro do nosso grande amigo Cameron.
Para nós foi imenso prazer, ajudá-lo a realizar o seu grande sonho: finalmente
chegar no Oceano Pacífico, em seu próprio veleiro, agora batizado de Malia.
Iniciamos a travessia a
noite. Estávamos em seis tripulantes, eu, Mané, Cibele e Cash, que fazíamos o
trabalho com os cabos, o pai do Cameron, como cozinheiro e o Cam no timão.
Entramos no canal atrás de
um panamax (navio com a máxima largura para passar no canal), era noite e
chovia, as luzes artificiais amareladas parecia criar um cenário, não pude
deixar de sentir alguma adrenalina, pois as paredes do canal eram realmente
muito altas, o motor do navio criava um correnteza muito forte e eu tinha ali
uma responsabilidade, um trabalho a fazer. Me sentia um nada dentro daquela
obra engenhosa e ao mesmo tempo orgulhosa.
Depois da passagem das três
eclusas, chegamos no Lagoon, dormimos e no dia seguinte continuamos viagem.
Faltavam agora as últimas três eclusas, desta vez nos juntamos a mais outros
dois veleiros, lado a lado, e fizemos a travessia como se fôssemos uma única
grande embarcação. Era dia e não chovia, a novidade da primeira passagem já tinha
passado, então tudo ficou mais tranquilo e fácil. Estávamos agora ali, na
eclusa de Mira Flores, não no seu terraço como turistas e sim como personagens
deste grande momento, que é atravessar de um oceano para outro através de um
obra feita a 100 anos atrás, por milhares de pessoas que deram sua vida para
que esta obra finalizasse.
Foi ainda mais emocionante,
quando avistamos a Ponte de Las Americas, a ponte que liga dois continentes a
América do Norte com a América do Sul. Passamos por baixo dela e finalmente
estávamos do oceano Pacífico.
Imagine quando for a vez do
Brava?
2 comentários:
Amigos Rafa e Mané
que saudades do calorzinho,do paozinho quentinho feito na hora,enfim de todas as coisas boas que nos propiciaram.
Foi muito bom estar no Brava ,é logico que só a companhia de vocês ja conta 95%(por cento). A Rafa é uma doçura e linda. O Mané é um excelente dicionário e um ótimo contador de aventuras e além de experiências muito interessantes. exelente navegador . Gostamos muito do Fernando , espero que não lembre do meu nome e relacione com a ''Diaba'' ,MAS BÁAÁ...
ABRAÇOS A ELE!!
Foi bom que o Du aceitou que fossemos com ele,beijos e abraços Jane e Celio.
Em tempo: Quem sabe quando der certo e estiverem em outro lugar com sol e água quentinha poderemos nos hospedar novamente com vocês.
Jane
Jane, o prazer foi todo nosso !
Vocês nos propiciaram também momentos maravilhosos, ver outras pessoas aproveitando o Brava nos dá enorme alegria, e vocês foram ótimos. Entraram em perfeita harmonia na vivência a bordo e nas particularidades do Brava.
Parabéns a vocês por se adaptarem tão facilmente ! Voltem ao Brava quando quiserem, será um prazer.
Beijo grande dos amigos Rafa, Mané e Brava.
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